quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A fábrica Douromel, sedeada em Tabuaço, lança no mercado, em 2012, um bolo-rei feito com fruta confitada sem açúcar, um produto "inovador" desenvolvido pela universidade de Vila Real ao qual foi incorporado fibras dietéticas.

Pilar Santos, responsável pela empresa, disse hoje que, no Natal de 2012, já vai estar disponível este bolo-rei mais saudável para quem não dispensa os doces ou não pode mesmo ingerir açúcar.
A Douromel nasceu em 1991, na vila de Tabuaço, localizada no coração da região do Douro, produzindo anualmente mais de mil toneladas de frutas confitadas, o que representa cerca de 80 por cento do volume de vendas.
A pedido da fábrica, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) desenvolveu o "Nutridouro", que contou com um investimento de 547 mil euros, aprovados no âmbito de uma candidatura à Agência de Inovação.
Liderado por Fernando Milheiro Nunes, docente do Departamento de Química, o projeto levou à produção de fruta confitada sem sacarose, utilizando outros adoçantes menos calóricos.
Mas, segundo explicou o investigador, ao mesmo tempo serão introduzidos outros ingredientes como fibra dietética para "também aumentar os benefícios para a saúde que podem advir do consumo desses produtos confitados".
Numa altura em que os consumidores querem cada vez menos açúcar, Fernando Nunes referiu que, em termos energéticos, os novos frutos terão ter uma redução de cerca de "um quinto" nas calorias.
Pilar Santos acredita no "sucesso" do projeto que diz que vem dar resposta "às necessidades de consumos e de hábitos alimentares saudáveis".
"Estas frutas possuem baixo índice calórico, com baixo índice de glicemia e com elevado índice de fibra dietética", explicou.
A empresa está também a trabalhar numa massa menos calórica para o bolo-rei.
Para além de serem utilizadas na indústria de panificação e confeitaria para a produção de bolos, a empresa vai ainda apostar na venda do produto para os países nórdicos, onde existe "carência de frutas frescas".
A equipa da UTAD, que integra seis investigadores do Laboratório de Química e Qualidade Alimentar e Grupo de Cadeias Agroalimentares Sustentáveis, está também a estudar o aproveitamento dos subprodutos, como as caldas que poderão ser transformadas em compotas dietéticas.
Ou ainda utilizar os restos da laranja, cidrão, abóbora, nabo, figo, cereja ou pera como fonte de outros ingredientes alimentares com valor económico acrescentado.

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