Comissão contra portagens pede a PR que
vete diploma
"o calendário das acções de luta vai continuar".
No dia 08 vai ter lugar mais uma recolha de rua de postais endereçados ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com idênticas iniciativas previstas para Guarda, Vila real e Castelo Branco. Ainda na terça-feira, a comissão vai enviar os primeiros cinco mil postais recolhidos no distrito de Viseu ao primeiro-ministro, onde este é alertado para as consequências da introdução das portagens nestas SCUT.
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Francisco Almeida, que integra a comissão, disse à Agência Lusa que o
pedido endereçado pelo Presidente da República ao Governo "pode ser
resultado da luta das populações", mas sinaliza como "mais
importante" que Cavaco Silva seja "coerente com o seu discurso no 10
de Junho, em Castelo Branco". Nas comemorações do Dia de Portugal, em
Castelo Branco, recorda Francisco Almeida, o Presidente da República fez um
apelo claro ao investimento e à opção por políticas públicas que fomentem o
desenvolvimento do interior, que é, considerou, "o contrário daquilo que
vai resultar da introdução das portagens" nas atuais auto-estradas SCUT
(sem custos para o utilizador).
Cavaco Silva informou, em comunicado divulgado na sua página na Internet,
que pediu "esclarecimentos ao Governo sobre o diploma que visa a
introdução de portagens nas SCUT, aguardando-se a resposta. Nos termos
constitucionais, o Presidente da República dispõe de 40 dias para a decisão de
promulgação", pode ler-se ainda no comunicado. Em causa, neste diploma do
Governo, está a introdução de portagens nas SCUT do Algarve, da Beira Interior,
do Interior Norte e da Beira Litoral/Beira Alta, que o ministro da Economia
anunciou que seria concretizada até ao final de Outubro, o que, contudo, acabou
por não se concretizar.
Ainda para Francisco Almeida, o que está em causa é o Presidente da
República "estar ao lado das populações do interior, cujo sacrifício vai
ser brutalmente robustecido com os custos das portagens", nomeadamente no
que diz respeito "ao fecho de empresas, aos despedimentos e um aumento de
despesas das famílias que se deslocam diariamente nestas vias para poderem
trabalhar sem terem alternativas". Este elemento da comissão que luta
contra as portagens nas auto-estradas que ligam Aveiro a Vilar Formoso (A25),
Chaves a Viseu (A24) e Guarda a Torres Vedras (A23), garante ainda que, apesar
da intervenção do Presidente da República,
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