Cerca de 250 carros e carrinhas conduzidas por vitivinicultores do Douro protestaram, esta quarta-feira de manhã, nas ruas do Peso da Régua
Cerca de 250 carros e carrinhas conduzidas por vitivinicultores do Douro circularam, esta quarta-feira de manhã, pelas principais ruas do Peso da Régua. Protestaram contra a crise que se vive no sector do vinho e que está a deixar muitas famílias em situação difícil.
O protesto que incluiu buzinão e faixas negras nos carros foi ordeiro e nem sequer conseguiu provocar grandes engarrafamentos numa cidade em dia de feira e com a avenida principal em obras.
Na terceira iniciativa do género no espaço de quatro meses, não houve tractores agrícolas a entupir as ruas da Régua, pois o protesto incluiu uma marcha lenta da Auto-Estrada 24, entre Régua e Lamego. Ora, como se sabe, aquelas máquinas estão interditas neste tipo de via.
Embora aquém das adesões registadas nas manifestações de Julho e Setembro, o protesto de hoje ainda conseguiu mobilizar algumas centenas de agricultores da Região Demarcada do Douro, que a GNR contabilizou no número de viaturas: "Cerca de 250". De resto, a Guarda mobilizou 25 elementos para garantir a segurança durante a marcha dos produtores de vinho.
Antes da partida, houve tempo para Berta Santos, a dirigente da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro), entidade organizadora, reclamar do Governo "a passagem das palavras aos actos". Ou seja, que ajude a garantir o "escoamento e melhores preços para os vinhos, mais benefício para os pequenos e médios vitivinicultores, apoios de emergências e linhas de crédito bonificado a longo prazo para desendividamento e investimento na lavoura".
Os agricultores reclamaram ainda que a Casa do Douro volte a ter poderes para "funcionar bem" e a manutenção do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto com carácter de "instituto público".
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