terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Reforço das barragens de Picote e Bemposta vai poupar 30 milhões por ano ao país


Barragem de Bemposta - A intervenção de Pedro Cabrita Reis 

O reforço de potência das barragens de Picote e Bemposta, inaugurado no Douro Internacional, vai permitir ao país uma poupança anual de 30 milhões de euros nas exportações de eletricidade, de acordo com a EDP.

As duas barragens, uma no concelho de Miranda do Douro e outra no concelho de Mogadouro, foram as primeiras construídas no Douro Internacional, há 60 anos, e nos últimos cinco anos foram alvo de um investimento de 300 milhões de euros para aumentar a produção de energia.
O investimento quase que duplicou a capacidade de ambas as hidroelétricas e representa um reforço equivalente ao consumo anual de 120 mil famílias.

Barragem de Picote

Com estas obras, Portugal deixa de "deitar água fora", como sublinhou o administrador da EDP, Manso Neto, o que "representa, num ano normal, nos dois empreendimentos, uma poupança de energia de 30 milhões de euros", que o país deixa de importar.
Esta estratégia visa também diminuir a dependência em relação a Espanha, que partilha com Portugal o Douro Internacional, e onde a capacidade de armazenamento de água é máxima, como explicou aquele responsável.
O reforço de Picote e Bemposta não resolverá de todo o problema, que terá solução com os novos empreendimentos nos efluentes do Douro, nomeadamente o Baixo Sabor e Tua, já em construção, e Fridão, no rio Tâmega, cujo início está previsto ainda para 2012.
"Passamos a ter um Douro equilibrado, como os espanhóis já têm, e significará uma poupança de 200 milhões de euros anuais", adiantou.
O administrador da EDP acredita que Portugal terá, no futuro, quando todos estes empreendimentos estiverem em velocidade de cruzeiro, "condições para garantir, com os seus recursos naturais, muito mais de metade da eletricidade" que necessita.
O presidente da EDP, António Mexia, não esteve presente, "por razões imponderáveis", na cerimónia de inauguração, que decorreu num espaço subterrâneo da barragem de Picote.
O ministro-adjunto, Miguel Relvas, considerou que os investimentos que hoje inaugurou simbolicamente são "um bom exemplo de um investimento que é reprodutivo".
"Investimentos como estes são bem vindos, geram riqueza, geram coesão territorial, geram desenvolvimento", declarou.
Na visita rápida ao Nordeste Transmontano, Miguel Relvas não foi ver o amarelo choque com que foi pintada recentemente a barragem de Bemposta e que a EDP continua a dizer que é "uma questão de marca do artista".

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