Os melhores produtos de fumeiro da região fronteiriça entre o Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro podem ser encontrados até segunda-feira, em mais uma Festa da Orelheira e do Fumeiro de Cabeceiras de Basto.
O evento abriu portas, ontem ao fim da tarde, com o presidente da câmara, Joaquim Barreto, a defender a “ruralidade do interior”, que deve ser “potenciado e valorizado de forma a encontrar respostas à crise que o país vive”.
A “qualidade” dos produtos de fumeiro está garantida pelo porco bísaro que lhes deu origem, assim garantiu Nuno Vieira e Brito, director-geral de Alimentação e Veterinária, que participou na cerimónia inaugurativa do evento, que decorre no Pavilhão Desportivo de Refojos.
O responsável destacou, todavia, a importância desta festa como forma de “manter as tradições locais”, com base nas raças autóctones. Para além dos bons produtos, estas tradições desenvolvem o turismo e potenciam a criação de novas oportunidades de emprego no mundo rural”.
Essa mesma oportunidade de encontrar novas formas de subsistência nas zonas do interior foi, também, sublinhada por Joaquim Barreto, apontando para o número de expositores que tem vindo a aumentar, de ano para ano, inclusivamente de terras cabeceirenses. Aliás, para o autarca, o êxodo para o mundo rural de gente mais nova (num movimento da cidade para o campo) para tomar conta de explorações agrícolas, nas suas mais variadas vertentes, pode mesmo vir a ser, para muitos, uma forma de ultrapassar a crise e regressar às origens.
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