terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Portugueses estudam doença das colónias de abelhas


Investigadores estão a estudar a incidência da Nosema ceranae em Portugal, uma doença que se suspeita poder estar na origem da síndrome do colapso das colónias de abelhas, problema que tem afetado a apicultura em vários países.
O projeto é promovido pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e está a ser executado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Universidade de Évora (UÉvora) e o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV).
"Em Portugal, ainda não temos dados sobre esta problemática. Contudo, este projeto visa identificar esta espécie e saber qual é a sua distribuição", afirmou à Agência Lusa Paulo Russo Almeida, investigador da UTAD.
A síndrome do colapso das colónias foi detetada nos EUA por volta de 2006, reflectindo-se numa redução drástica e inexplicável dos efetivos de abelhas naquele país e em consequências drásticas a nível económico. As abelhas são os principais agentes polinizadores, estimando-se que cerca de um terço das culturas agrícolas dependam da polinização destes insetos.
O alerta foi lançado e foram sendo desenvolvidas várias investigações com o objetivo de identificar a causa deste fenómeno.
No mesmo ano, investigadores espanhóis identificaram pela primeira vez o agente Nosemae ceranae na Europa e, desde então, o trabalho desenvolvido por essa equipa tem sido no sentido de demonstrar se há uma relação de causa entre este novo agente e a síndrome.

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