sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Empresas Transportadoras ponderam sair de Portugal para não pagar portagens


Deslocalizar empresas para Espanha ou França, despedir funcionários e reduzir a frota são algumas das opções que as maiores empresas de transportes do distrito de Viseu equacionam como resposta à introdução de portagens nas autoestradas A23, A24 e A25.
Júlio Fernandes, administrador da Patinter, a maior empresa de transportes do país, com 1200 camiões e com sede em Mangualde, admitiu, esta quinta-feira, que a concentração das operações em Espanha "é uma das opções em estudo".
"Concentrar as operações em Espanha é uma das opções em estudo no curto, médio prazo. E reduzir trabalhadores é outra das opções, embora essa possibilidade não nos seja de todo agradável, mas a situação(introdução de portagens nas ex-SCUTS) para isso nos encaminha", adiantou.
O administrador da Patinter sublinhou que a empresa ainda não quer ponderar despedimentos, "mas isso será inevitável, se não conseguirmos fazer transitar os custos acrescidos com as portagens para o cliente final"
Em média, por dia, a Patinter tem cerca de 200 dos seus 1200 camiões a circular nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), na A24 (Viseu/Chaves) e principalmente na A25 (Aveiro/Vilar Formoso), via que cruza Mangualde, onde se encontra a sede.
Para já, a intenção da Patinter, sinaliza Júlio Fernandes, é "falar com os clientes para aceitarem a revisão dos preços, incorporando os custos das portagens, mas todas as opções estão em cima da mesa. Visto que é uma empresa já instalada em França e em Espanha, facilmente poderemos avançar para a deslocalização".

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