Deixem-me ver se percebi: «a CP ameaça com o fim do Comboio Histórico no Douro
caso não encontre parceiros para ajudar a financiar este serviço que, este ano,
custou 150.000 euros»? Há nisto alguns aspectos de que ainda estou a tentar
recuperar.
1. Desde logo, a CP entrou agora numa fase em que lança (segundo a insuspeita Lusa) ameaças públicas. Isto requer que sejamos informados já sobre quem é a voz ameaçadora lá dentro.
2. Depois, a CP põe em causa a continuidade do comboio histórico se não arranjar parceiros que financiem o seu serviço. A gente é levada a pensar que a CP precisava que o Governo criasse uma Fundação do Comboio Histórico do Douro à sombra do Orçamento do Estado e que a coisa se resolvia, que é como quem diz: acabavam as ameaças.
3. Além disso, a CP põe-se a perorar por causa de 150 mil euros que a empresa pública diz ter gasto este ano com o serviço especial do Douro. Ou seja: parece que estamos perante uma CP de outro planeta e não perante aquela cujos prejuízos anuais se têm acumulado assustadoramente sem que lhe tenhamos escutado um único lamento pelo que isso custa a todos nós.
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