I
Tudo nasceu há anos atrás numa aldeia transmontana quando a Ana passava as férias de verão.
No cafezinho da aldeia dois olhares se cruzaram para nunca mais descruzar na vida, em silêncios de olhares, reciprocaram palavras mas foi no sítio mais sossegado da aldeia que deram primeiro beijo, pois bem, foi à frente da porta da igreja.
Silva não aceitou Pedro para namorado da sua menina “Ana” legitimando com escassas palavras “ não é homem para ti”. Vários anos emigrado em França (homem de posses) mas seu chinelo continuava. Os jovens enamorados quedaram destroçados, separados pela distância, mudez, satisfazendo ao homem do chinelo mas o elo era reduto para fragmentar pelo tempo e distância. Pedro nunca esquecera aquela menina mulher que ficara eternamente enamorado, onde seu rosto vislumbrava no céu nas madrugadas num suplico olhar suspirava pelo seu amor.
Por fado ou propósito anos passados numa rua de Paris batem de frente ficando longos minutos num total silêncio, gelados, interrompidos só pelas lágrimas que porfiaram sair sem saber o que dizer instintivamente se abraçaram e promessas trocam para nunca mais se separarem ……. (continua)
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