Telefone altero, e-mail que não chega, espera constante… é um Silêncio profundo, só interrompido pelas lágrimas das estrelas que embatem na vidraça deste quarto mudo, frio de alma, ofusco de dor.
Vislumbro promessas de um encontro onde nenhum dos dois abre a boca, deixando-nos levar pelo olhar onde nos resta as mãos geladas e pernas tremendo de uma vontade de gritar para o mundo.
Só ele permanece imutável, o silêncio…!
Preferível uma voz que diga mesmo o que eu não queira ouvir. As palavras que são ditas indicam o vínculo. Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem queixume. Já o silêncio arquitecta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: “diz alguma coisa, diz que não me amas mais, mas não fiques aí calado”. É o silêncio mensageiro de más notícias para meu desespero.
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