domingo, 21 de novembro de 2010

Perdido algures

Quando cheguei aqui, sentia-me só, faltava algo em mim. Não sabia o que poderia ser um vazio enorme, que nenhuma loucura poderia preencher!
Sempre me achei incompleto, sempre faltou algo em meu coração, um pedaço que procurei pelas esquinas da vida.
Me iludi, enganando meu coração ao procurar em outros rostos aquilo que nem eu mesmo sabia, até que o espelho me disse para desistir.
Apesar de inconformado, aceitei e não persisti nesta procura, talvez meu pedaço não existisse. Seria fruto de minhas ânsias, de meus sonhos!
Mas eis que aparece o destino, intrépido e adolescente como ele só. Sem me dizer nada, no seu silêncio eterno, me trouxe, carência e imperfeição.
Aos poucos, aprendemos com nossos erros, aprendemos a ver o belo nas nossas imperfeições. Somos almas imperfeitas.
Compreendi que o amor é ilógico, não tem idade, não tem tempo para acontecer. Não tem lugar, nem se submete a nenhuma regra. Sua única regra é ser, custe o que custar
Ah! O amor! Esta energia sem fronteiras! Nos acalenta e nos transforma o modo de viver. Esta agonia dentro de minha alma, somente termina ao seu lado! Somente ao seu lado meu coração se acalma. Somente ao seu lado eu me completo...
António Barroso

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