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Foto de: Rui Pires |
Só o vinho
produzido na Região Demarcada do Douro, respeitando normas de produção e
envelhecimento rigorosamente controladas, pode utilizar a denominação "Vinho do
Porto".
Durante o seu processo de envelhecimento, o vinho é submetido a
provas de controlo de qualidade, quer analítica quer sensorial, efectuadas pelos
Laboratórios e Câmara de Provadores do Instituto do Vinho do Porto, um dos
organismos públicos mais antigos e prestigiados de Portugal. Esta entidade tem
como principal missão o controlo oficial e a defesa do prestígio do Vinho do
Porto bem como a sua promoção a nível mundial. Apenas os vinhos que cumprem os
exigentes critérios de qualidade estabelecidos têm o direito de usar o selo de
garantia emitido pelo Instituto do Vinho do Porto.
Vinhos do Porto
Brancos Como o nome indica, são vinhos elaborados exclusivamente a
partir de uvas brancas. Na sua produção predominam as castas "Malvasia Fina",
"Donzelinho", "Gouveio", "Codega" e "Rabigato".
Os Vinhos do Porto
brancos apresentam uma doçura variável, desde os muito doces chamados "Lágrima",
passando pelos "Doces", "Meios Secos", "Secos" até aos "Extra Secos. O seu
teor alcoólico varia normalmente entre os 19% vol. e os 22% vol. Existe uma
categoria especial designada "Leve Seco" que, além de ser bastante seco,
apresenta uma graduação alcoólica de 16,5%.
Vinhos do Porto
Tintos Na família dos Vinhos do Porto tintos existem dois grandes
grupos: os vinhos Sem Data de Colheita (Ruby, Tawny, 10 anos, 20 anos, 30 anos,
e Mais de 40 anos) e os vinhos Com Data de Colheita (Vintage, LBVe
Colheita).
Na sua composição intervêm diversas variedades de uvas,
destacando-se a "Touriga Nacional", a "Tinta Amarela", a "Tinta Barroca", a
"Tinta Roriz", a "Touriga Francesa", e o "Tinto Cão".
Vinhos do Porto
sem Data de Colheita Tratando-se de vinhos de lote, a sua originalidade
reside, precisamente, na delicadeza das suas lotações. Não são vinhos simples;
são uma obra de arte em cuja preparação chega a utilizar-se uma quinzena de
vinhos de tipos e colheitas diferentes. O seu "bouquet" e harmonia são
adquiridos mediante uma oxidação controlada durante a permanência em
madeira. Nos primeiros anos, os vinhos são submetidos a várias trasfegas,
cuja intensidade e número variam consoante as técnicas e estilos enológicos
utilizados pelas empresas, determinando-se assim a sua evolução posterior.
Depois de engarrafado, o Vinho do Porto sem data de colheita está pronto para
ser apreciado, uma vez que as suas características não se alteram
significativamente durante a sua permanência em garrafa.
Ruby - É
um vinho de lote, cuja cor vermelha faz lembrar as pedras preciosas com o mesmo
nome. É um Vinho do Porto jovem, tinto, encorpado e frutado, obtido por lotação
de vinhos de diversas colheitas.
Vintage Character - Resulta de
lotações de Vinhos do Porto jovens de qualidade superior, com uma média de
idades entre os três e os quatro anos. Com uma estrutura complexa,
caracteriza-se pelo seu corpo e frutado intenso. Tawny - Em
inglês a palavra "tawny" significa alourado. O Tawny obtém-se a partir de
lotações que envelhecem em cascos de carvalho. O seu processo de envelhecimento
é mais acelerado do que o do Ruby. Devido à oxidação, a sua cor vai adquirindo,
pouco a pouco, matizes alaranjadas, próximas do alourado. Com uma idade média de
3 anos são elegantes e delicados.
Tawny com indicação de idade -
Os tawnies de "10 anos", "20 anos", "30 anos" e "Mais de 40 anos" constituem
lotações de vinhos de diferentes colheitas, envelhecidos em madeira, cuja
idade média é a indicada no rótulo. De cor alourada pelo prolongado
envelhecimento em madeira, as principais características de um Tawny com
indicação de idade são a complexidade de aromas, a frescura, a persistência
aromática e o refinamento.
Vinhos do Porto com Data de
Colheita Neste grupo distinguem-se os Vinhos do Porto que são
envelhecidos em madeira dos que, após um estágio relativamente curto em casco,
prosseguem o envelhecimento em garrafa. Vintage - O Vintage é uma
preciosidade. Depois de permanecer dois anos em contacto com a madeira,
prossegue o seu lento envelhecimento em garrafa ao abrigo do ar e da luz. Pouco
a pouco, o vinho melhora consideravelmente as suas características,
desenvolvendo o seu "bouquet". O rótulo, além de indicar a data de colheita, tem
que referir o ano do engarrafamento. Nesta categoria incluem-se os chamados
"Vintage de Quinta'" obtidos a partir de uvas provenientes apenas da quinta que
lhe dá o nome.
Tratando-se de vinhos que podem ser consumidos nos anos
seguintes ao engarrafamento, devem, no entanto, prosseguir o envelhecimento em
garrafa. Com o tempo, o vinho apresenta um depósito. É por isto que deve ser
decantado antes de ser servido. No início do seu envelhecimento em garrafa, a
cor retinta é intensa e os aromas são complexos, muito frutados e florais. No
sabor, combina características taninosas, adstringentes, com uma
invulgar estrutura e persistência. O vinho vai-se alterando em termos de cor,
acentuando toda a sua harmonia e complexidade à medida que vai
envelhecendo.
LBV (Late Bottled Vintage) - Este vinho, de grande
qualidade, provém unicamente do ano indicado na garrafa. Antes de ser
engarrafado, o LBV permanece em madeira 4 a 6 anos, tempo de maturação que
lhe confere uma maior evolução de cor relativamente ao Vintage. São vinhos de
intensa coloração, taninosos, de carácter jovem que no seu "bouquet" denotam uma
componente ligeiramente oxidativa que provém do seu envelhecimento inicial em
madeira.
Colheita - Vinho do Porto que provém de uma só colheita,
indicada obrigatoriamente no rótulo. São vinhos que envelhecem em madeira e
apenas são engarrafados quando se pretende colocá-los no mercado. Passam por um
estágio mínimo de 7 anos, o que lhes confere uma cor alourada, um sabor suave,
delicado, profundo e complexo.
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