Numa manhã no metro do Porto, sentado no lado esquerdo, bem
perto da janela, observava as pessoas calmamente, lendo jornais, outras
divagando pelas ruas numa rotina egocêntrica.
Era um quadro plácido.
De repente um homem entrou no metro com duas crianças, seus filhos.
As crianças faziam algazarra e se comportavam mal e o ambiente mudou na hora!
O homem sentou e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação.
As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam coisas incomodando a
todos.
Mesmo assim o homem não fazia nada.
Ficou impossível evitar a irritação. Os passageiros não conseguiam acreditar
que ele pudesse ser tão insensível e indiferente!
A certa altura, um passageiro, tentando manter a calma, virou para ele e
disse:
- Senhor, seus filhos estão perturbando muito. Será que não poderia dar
educação?
O homem olhou e disse calmamente:
- Acho que o senhor tem razão. Eu deveria mesmo fazer alguma coisa. Acabamos de
sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar,
e parece que eles também não conseguem lidar com isso.
Podem imaginar o que todos sentiram naquele momento?
O paradigma mudou!
De repente, todos que estavam ali passaram a ver a situação de um modo
diferente.
E a irritação ali desapareceu.
E os sentimentos de compaixão e solidariedade fluíram.
O mundo objecto não mudou mas, o Humano mudou em segundos!
Até o do “leitor” mudou, ao ler essas palavras emparelhadas que narram uma
realidade diária neste nosso mundo.
Mudou de paradigma, e isso causou uma reacção
diferente.
Ser humano nunca vê a realidade total. Vê apenas uma parcela dela, que seleccionamos,
em grande parte inconscientemente.
A única prisão real que o ser humano tem está em cima dos nossos ombros.
E cada um tem uma chave-mestra.
As coisas não mudam; nós mudamos!
“ Queridos leitores “
Nem todos os problemas é realmente do tamanho que nos os vemos... Somente nós
temos o poder de reverter às situações através de um olhar diferente,
pensamentos melhores e coração aberto...
AB
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