Tivesse o povo de
Trás-os-Montes e Alto Douro orgulho da sua história e fizesse valer o valor das
suas raízes, sem ter vergonha da sua simplicidade, enaltecendo as suas
capacidades produtivas, pondo de parte as suas manias aumentadas, e a afirmação
de um povo com mais de oito séculos de história que aprendeu a navegar pelas
estrelas, a produzir Queijo da Serra, a encaminhar as águas desde os tempos dos
monges de Cister em 1144, a produzir as alheiras de Mirandela, as linguiças de
Vinhais, o salpicão de Vimioso, o presunto de Montalegre, o Bolo Rei de Vila
Real, o pastel de Chaves, o folar de Valpaços ou a bola de Lamego, juntando
tudo aos azeites de Murça e aos Vinhos do Douro e Porto e aos espumantes do
Varosa, tudo seria bem mais fácil.
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