Foto: Fernando Peneiras |
O Douro, que assinalou o décimo aniversário da elevação a Património Mundial da UNESCO na quarta-feira, quer ser Capital Europeia da Cultura, numa ideia lançada na Régua e bem acolhida pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro).
No final do dia comemorativo, o presidente da companhia de teatro Filandorra, David Carvalho, lançou a ideia de candidatar o Douro a Capital Europeia da Cultura.
O presidente da CIM Douro, Artur Cascarejo, acolheu com entusiasmo o desafio e garantiu que vai apresentar uma proposta à estrutura que preside.
Na quarta-feira foi apresentada a programação artística da Capital Europeia da Cultura (CEC) Guimarães2012. O Porto também já foi Capital da Cultura e, agora, David Carvalho pergunta: “Porque não a cidade do Douro?”.
O responsável considerou que a candidatura poderia ter como base o eixo de cidades do Douro, composto por Vila Real, Régua e Lamego, ou todo o território classificado pela UNESCO, numa área que abrange 13 municípios.
O director da Filandorra disse que já está construído o tecido cultural deste território, com teatros, museus, escritores e investigadores da cultura popular da região.
Para Artur Cascarejo, esta ideia não podia vir em melhor altura.
“Era a melhor homenagem que poderíamos fazer ao Douro, ao rio, à região e à sua população”, frisou.
É um processo difícil mas que, na opinião do autarca, “pode ser alcançado”.
“Temos um conjunto de requisitos prévios que podem potenciar esta candidatura, desde a cultura do vinho e as tradições que são os pilares da Região Demarcada do Douro”, salientou.
O grande objectivo seria mesmo reforçar internacionalmente a imagem do Douro: o Douro rio, o Douro socalcos e vinhas, as suas orlas pintadas de oliveiras, amendoeiras, laranjeiras ou cerejeiras, que constitui uma gigantesca obra conjugada da natureza e do homem que liga Foz Côa ao Porto, também eles Património Mundial.
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