Foto de: Blogue Farrapo de Memórias |
Alheira: na região de origem, Trás-os-Montes, a alheira é consumida grelhada ou assada, acompanhada de batatas cozidas com um fio de azeite e legumes. Mais a sul, é mais comum consumi-la frita. A mais famosa vem de Mirandela, na região. As alheiras são um enchido de carne e gordura de porco, carne de aves (galinha e/ou peru), pão, azeite e banha, condimentados, entre outros, com colorau. As alheiras foram criadas pelos cristãos-novos para escapar da Inquisição. Como sua religião os impedia de comer carne de porco, eles eram identificados facilmente por não fazerem os tradicionais enchidos deste animal. Substituíram, então, sua carne por outras variedades, envolvidas por uma massa de pão, que ajudava na consistência. Os cristãos rapidamente aderiram à ela, mas juntaram-lhe a carne de porco.
Foto de: Blogue Memórias... e outras coisas de Bragança |
Mel do parque natural de Montesinho: feito a partir do néctar das flores de urze (nome comum de diversas plantas da família das ericáceas), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e castanheiro (Castanea sativa), o mel do parque de Montesinho é acentuadamente escuro. A cada ano, saem toneladas de mel – a maior produção do país – de um dos maiores parques naturais do país, criado em 1979, com 75 mil hectares e nove mil habitantes. O Parque Natural de Montesinho engloba a parte norte de Bragança e Vinhais.
Foto de: Wikipedia |
Presunto de Chaves: o presunto de Chaves, cidade histórica fundada no século I d.C., é um dos produtos mais típicos da região. Alguns especialistas o consideram o melhor presunto nacional. As condições naturais de criação, com o abate entre 16 e 18 meses, dão ao presunto características próprias. Há algumas décadas, as famílias aldeãs mantinham um presunto para consumo próprio e o outro para a venda, este rapidamente adquirido pelos “presunteiros”, que os comercializavam país afora. O presunto, hoje mais difícil de encontrar, é produzido em Chaves, Boticas, Montalegre, Mação e Valpaços, no distrito de Vila Real.
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