Azeite de baixa e muito
baixa acidez, de cor amarela esverdeada, com cheiro e sabor a fruto fresco, por
vezes amendoado e com sabor algo adocicado, verde, amargo e picante. As
variedades de azeitona utilizadas são a Verdeal Transmontana, Madural, Cobrançosa
e Cordovil. Os aspectos edafoclimáticos da região influenciam as
características do azeite. A colheita dos frutos é iniciada quando o estado de
maturação se encontra entre 4 (epiderme negra e polpa verde) e 5 (epiderme
negra e polpa violeta) e é feita manual ou mecanicamente. São separados os
frutos colhidos dos que sofreram queda espontânea. Após a colheita, as azeitonas são enviadas imediatamente para o lagar. Após a recepção da azeitona, esta é desfolhada e lavada. A azeitona não fica mais de 2 dias em tulhas para evitar aumentos de acidez e de defeitos sensoriais do azeite. A moenda é efectuada de modo que as massas fiquem na consistência adequada para não dificultar a separação do azeite. A massa moída sofre uma termobatedura. A centrífuga para separar as águas ruças do azeite é lavada frequentemente para evitar perdas de azeite. Na centrífuga do azeite a água de adição não deve ter temperatura superior a 35ºC para evitar que o azeite saia com cor demasiado escura.
HISTORIA
O consumo de azeite em Trás-os-Montes remonta à Antiguidade. A plantação de olivais em Mirandela deve datar da primeira metade do século XVI pois em 1609 relatava-se que os olivais eram modernos. A produção de azeite no concelho de Mirandela era em 1886 de cerca de 457 pipas de 625 litros. A produção em 1894 foi de 776 quilolitros e em 1896 existiam na vila de Mirandela 12 lagares de azeite. Em 1903 um azeite desta região ganhou a medalha de prata na Exposição Agrícola. Em 1908 referem-se quais as variedades predominantes nos olivais e em 1942, num estudo que tinha por base a boa tradição oleícola, foi individualizada a região do Nordeste Transmontano.
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