quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ferraris da vela rasgam águas do Douro

foto ADELINO MEIRELES / GLOBAL IMAGENs
Depois dos aviões, os barcos. As ribeiras do Porto e de Gaia voltam a ser palco, entre esta sexta-feira e domingo, de uma grande prova internacional. Graças à Fórmula 1 da vela, o Douro vai correr mundo. Acompanhe a prova ao vivo no JN online, durante os três dias, entre as 16.45 e as 19.30 horas.

As expetativas da organização do Extreme Sailing Series são altas, mesmo tratando-se de um desporto de elite como é a vela. Mesmo tratando-se de um evento que não teve a promoção do Red Bull Air Race. Nos três dias de prova, são esperadas cerca de 45 mil pessoas nas margens do Douro.

Esta quarta-feira à tarde, os oito catamarãs em competição já rasgaram as águas, junto à ponte Luís I, suscitando a curiosidade de muitos e provocando um verdadeiro "engarrafamento" de embarcações.

As previsões metereológicas ajudam: vento consistente de norte e sol envergonhado (só no sábado poderão cair umas gotas de chuva) resultam num cenário idílico para quem veleja e assiste. Estes catamarãs custam tanto como um Ferrari e, atendendo às circunstâncias, andam tanto como um Ferrari, podendo atingir uns respeitáveis 74 km/hora.

"Para além da parte desportiva, é importante realçar o lado turístico do evento. A paisagem do Douro vai correr mundo, por via das transmissões televisivas das principais cadeias mundiais", explica Gonçalo Portal (ler entrevista ao lado), diretor da Gon On Sports, empresa de eventos que, juntamente com o Turismo de Portugal e as câmaras do Porto e de Gaia, conquistou a prova.

O namoro durou um ano. Outras cidades rivalizavam com o Porto e Gaia, mas as experiências passadas na organização de grandes eventos pesaram na escolha. A prova vai custar 800 mil euros ao erário público.

Assistir não custa nada

Portugal é a quarta paragem no campeonato mundial dos Extreme 40 (categoria de vela em causa). Antes do Porto e de Gaia, os velozes catamarãs passaram por Istambul (Turquia), Qingdao (China) e Muskat (Omã). Seguem-se Cardiff (País de Gales), Trapani (Itália), Nice (França) e Rio de Janeiro (Brasil).

Em competição estão oito equipas, compostas por 40 velejadores de renome, donde se destacam campões olímpicos e do Mundo. O efeito bancada de estádio (aproximando as pessoas dos catamarãs) é apontado como um dos trunfos da prova, cuja "entrada" é grátis.

A corrida é simples de explicar: entre o cais da Alfândega e a ponte Luís I, haverá duas boias, que marcam o percurso. Ganha quem chegar primeiro e não sofrer penalizações. O vento soprará mais forte ao final da tarde.

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