Foram cerca de 30 produtores de vinho portugueses que participaram pela primeira vez na Feira Internacional de vinhos da China, a InterWine de Cantão. O objetivo é estimular o interesse de um mercado de 80 milhões de pessoas, com uma classe média que tem cada vez maior
poder de compra.
Esta feira realizou-se no início do mês de Novembro, na província de Cantão, na China e teve como principal objetivo "aumentar a presença portuguesa na região".
"É uma província que tem estado a crescer, com cerca de 80 milhões de habitantes e uma classe média que está a ganhar algum poder de compra. E o vinho também tem crescido de interesse nesta província, daí esta nossa primeira aposta para alargar o mercado", explicou à Lusa Miguel Nora, gestor para a Europa e Ásia da ViniPortugal.
Cantão faz parte da China Continental onde o mercado se rege por uma logística e regras alfandegárias muito restritas. Segundo o responsável da ViniPortugal, uma associação interprofissional que tem como objetivo a promoção dos vinhos, aguardentes e vinagres portugueses no mercado interno e em mercados internacionais, "em Macau e Hong Kong é bastante mais fácil em termos de estabelecimento, porque não há impostos nestas regiões".
No entanto, o empresário reforça que esta aposta vem no seguimento dos esforços feitos "por alguns produtores bem estabelecidos em Hong Kong e Macau" e que "aproveitam a proximidade geográfica" com Guangdong.
China é o 15º mercado do vinho português
Mesmo com um volume de negócios ainda reduzido, "a China é já o 15.º mercado do vinho português", depois de as exportações terem crescido 93 por cento em 2010 e 79,4 por cento nos primeiros seis meses de 2011 para 2,6 milhões de euros".
"No ano passado, a China era o 18.º mercado e há dois anos nem sequer aparecia no top 30", destacou, ao frisar o potencial de crescimento.
Mais de 20 produtores portugueses estreantes na InterWine de Cantão marcaram presença na Feira Internacional de Vinhos e Bebidas Espirituosas de Hong Kong.
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