terça-feira, 25 de outubro de 2011

NOTABILIDADES TRANSMONTANA





Dizem os escritores e os poetas transmontanos que Trás-os-Montes é uma dádiva especial da Natureza e a grande obra de pedra e água feita em Portugal. É neste Norte que, arduamente, se riscam e planeiam caminhos, se cruzam vontades e se resiste, com granítica força e persistência dos rios, à invasiva e danosa cultura que desvirtua e engana a História.

Da mesma pedra e da mesma água são as gentes destes lugares.




Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX, considerado, por alguns, o poeta português mais importante do século. Nasceu em S. Martinho de Anta, em 12 de Agosto de 1907 e faleceu em Coimbra, em 17 de Janeiro de 1995).

A origem do pseudónimo
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha autodefine-se pelo pseudónimo que criou, "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo.



A sua campa rasa em S. Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta.


O Dr. Vaz de Carvalho, advogado, poeta e músico, falecido a 13 de Agosto de 2011 com noventa anos, era e continuará a ser a sua memória uma figura importante de Trás-os-Montes. “Poemas do Afélio, “Visão Alvânica” e “Poemas de Solstício” são livros que publicou, reflexos da sua arte poética e do seu amor à terra transmontana. Manuel Vaz de Carvalho era natural de Cerva, concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real. Nesta cidade viveu a maior parte da sua vida.
Em folha solta de revista da qual não conseguimos visualizar o nome e aqui referir, encontrámos fotografia de Vaz de Carvalho e pequeno texto da sua autoria dedicado à paixão que conservou sempre pela sua terra - Trás-os-Montes:
"Vivo apaixonado pela minha terra. Tem umas das paisagens mais adjectivadas que conheço: serras, rios, vales, uma agricultura muito variada e um clima admirável... É claro que a todo este encantamento não é estranho o facto de ser de uma família aqui radicada há centenas de anos; nutro uma certa atracção genética pela minha terra." No pequeno excerto da folha encontrada, refere-se o Dr. Vaz de Carvalho às pessoas e a todo o convívio à volta delas: "são normalmente pessoas muito sérias, gente muito boa, muito fidalga."


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